quarta-feira, 17 de março de 2010

757, o "Next Generation"


Neste segundo especial sobre as aeronaves mais importantes do mundo o homenagiado é o Boeing 757. Como primeira função, vinha para substituir o 727. Ele foi fabricado em 03 diferentes versões - B757-200 (passageiros), B757-200F (cargueiro) e B757-300 (passageiros e alongado) -, entre 1982 e 27 de abril de 2005, quando a Boeing entregou a última aeronave produzida para a Shangai Arilines.  Até o final de 2009 o Boeing 757 era a oitava aeronave mais vendida em todos os tempos, com 1.049 unidades fabricadas, 913 da série 200, 80 da série 200PF e 55 da versão 300, que foi o maior fracasso do projeto 757.

O B757-200 foi projetado, na configuração básica, para 194 passageiros ou 239 na versão charter,ou classe única. Possui boa capacidade de bruta de decolagem (115.660kg - máxima) e turbinas da Pratt & Whitney ou Rolls Royce, com empuxo total de 43.500 libras cada, sendo até 43% mais econômico por assento que o 727 e concorrentes, o que iniciou o grande sucesso da aeronave.          
Para autonomia de 7.240 km,  o 757 necessita de 1.675 metros de pista para decolar, com sua capacidade máxima. O primeiro 757-200 foi apresentado em 13 de Janeiro de 1982, em Renton,Washington. Seu primeiro voo foi em 19 de fevereiro do mesmo ano e o certificado da FAA foi liberado em 21 de Dezembro de 1982, após 1380 horas de voos em 10 meses de testes e checagens.
A Eastern Airlines, recebeu o primeiro exemplar do 757, em 22 de Dezembro de 1982 e iniciou suas operações em 01 de Janeiro de 1983. Em 14 de janeiro de 1983, a British Civil Aviation Authority, concedeu a permissão para voos desta aeronave na Grã-Bretanha e a empresa British Airways recebeu logo a seguir seu primeira aeronave, sendo também a maior operadora dessa aeronave fora dos Estados Unidos com 50 unidades. Os maiores operadores do B757.200 foram: American Airlines (126 unidades), Delta (116), United (98), ILFC (82), Northwest (56) e Continental (41) todas norte-americanas.
O primeiro derivado do 757-200 (o Boeing 757-200F, cargueiro) foi anunciado pela Boeing em 30 de Dezembro de 1985 e já com encomenda firme de 20 exemplares, por parte da United Parcel Service (UPS), na versão para 115.660 kg de capacidade máxima de decolagem. Com capacidade para 15 pallets, possuía capacidade máxima de carga útil em seus porões, de 39,78 toneladas e autonomia para 4.020 km em vôos sem escalas, com a capacidade máxima utilizada. Na versão cargueira os maiores clientes foram: UPS (75) e a AWAS, da Irlanda, com 04 unidades.           
Em 02 de Setembro de 1996 foi anunciada a nova versão alongada - o Boeing 757-300 - com ordem de compra da empresa alemã de vôos charters, Condor Flugdienst e posteriormente mais duas outras operadoras de turismo. A nova versão é 7,1 metros maior que a Série 200, com capacidade de 20% mais passageiros e 50% mais carga. Sendo a maior aeronave de um único corredor da história, o que pode ter causado a má fama e a má vendagem do novo modelo, que vinha competir com o 767, que tinha capacidade de bagagem muito maior e tinha corredor dublo. Com capacidade variável de 243 até 289 assentos, era aeronave de médio alcance e com 10% menos consumo por passageiro em milha voada do que o 757-200.
O peso máximo de decolagem da série 300 era entre 123.600 kg utilizando turbinas Pratt & Whitney (42.600 libras de empuxo cada) ou Rolls Royce (43.500 libras de empuxo cada). O sistema de navegação era ultra moderno, totalmente computadorizado, com flight management system (FMS) e uma série de aviônicos de última geração.
No Brasil, a Varig e a VarigLog foram pioneras na versão 200 e 200F, respectivamente, do jato.Porém, outras companhías a utilizam em voos internacionais para o nosso país, como a American Airlines, Delta e AeroSur. 
Desde dezembro de 1992  aconteceram alguns acidentes e incidentes em condições de voo visual, envolvendo o Boeing 757 e aviões menores com algumas mortes. Dois desses aviões eram jatos executivos: um Citation  e um Westwind com um total de 13 mortos nos dois acidentes. Um outro Cessna 182 em que não houve vítimas, mas a aeronave foi destruída. E os outros eram um MD-88 e um Boeing 737; ambos pousaram em segurança, mas exigiram de seus pilotos imediatas e agressivas ações corretivas para readquirirem o controle após serem envolvidos na esteira de turbulência.
Mesmo com os altos e baixos, o 757 é um dos mais importantes projetos da história da Boeing, e da Aviação. Ainda é utilizado hoje em muitas companhías aéreas, já que seu substituto, o 737-900 NG, não rendeu a Boeing muitos exemplares. Com toda essa história contada, só temos que falar uma única frase, O 757 é imortal.

3 comentários:

Unknown disse...

quem esta vendendo um B757-200

Unknown disse...

quem esta vendendo um B757-200

Unknown disse...

Tenho um comprador

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